oontem de tarde:
"beleza, se liga só, é alí na Savassi, tem erro não, relaxa."
click., desliguei o telefone já ligando para o outro que me aguardava lá no escritório:
"tranquilo, pode?, tranquilo ás 18h então, ok, abraço."
Pronto, tudo marcado, com sorte a gente dá certo hoje.
ontem ás 18h:
"fala aê, tá subindo, chega aê.."
//abre a porta//
"fala aê, tranquilo?, beleza, legal."
"saquei, estão sozinhos?"
"não, agora vc chegou."
"Quer uma água?"
"aceito."
//fumando//
"ahhh véi, nem sei se rola, teu amigo tá aê..."
"sim, ele mora aqui."
"e quando tu traz o caras pra cá ele faz oque?"
"relaxa, ele vive no pc, ele curte olhar, nunca trouxe ninguem aqui."
"ahhh véi, acho que nem rola."
"tranquilo."
//apaga o cigarro//
//lovefool ringing//
"alô?, fala meu lindo, tudo em cima?"
"aonde você está?"
Savassi, aqui na casa do meu amigo."
"amigo?"
"é amigo, o mesmo do final de semana, quer vir aqui?"
"te busco no Mcdonalds, pode ser?"
//olho o relógio, 18:45h //
"claro, pode sim."
"tá certo então."
"thau."
click.
Merda, tinha menos de 10minutos para estar lá, mas estava na casa de um conhecido, olhando para um outro desconhecido que tão pouco queria conhecer, "metidinho demais, fala muito, conta muita vantagem... concerteza para camulflar alguma insegurança ou carência, penso assim.", fomos então, rumo ao desconhecido, deixando ambos atônitos.
//Parado no local combinado//
19h
19:15h, lovefool ringing
"koé, vem cá."
"ok."
"como você sabia que era eu?"
"era o unico carro com a luz de freio acessa."
"entra aê."
Entrei, extremamente desconfortavel, afinal, ele era bem mais novinho que eu, tem 21 anos, e o dobro de agentes facilitadores que com certeza o acompanharam desde os tempos mais tênros, "falar oquê?", sentí que minha ignorância era gritante e meus atributos físicos em nada conseguiriam me ajudar naquele momento.
"vc é garoto de programa?." ele teve a descência de perguntar, "oque o faz pensar isso?.? logo, tive a cara de pau de revidar... imagine, se fosse estaria rico, não haveria dinheiro no mundo que me sustentasse, pensei...
Fomos aquela pracinha linda lá em cima do morro. comer amendoin.
enquanto escalpelávamos o amendoin, naquela vuco vuco maravilhoso, reparei que ele se parecia com o Pedro, lá café, isso me despertou sensações.
"ahhh Pedro, lindo nome, olha gente... até a boca é igual, que delícia."
"ôque você disse?" ele me perguntou.
"sua boca é linda, me beije."
E num é que ele atendeu? enquanto nos beijávamos, sentí que seu corpo seguia aquilo tudo que eu me permitia mostrar, afinal, cozinhei ele por semanas, não poríamos estragar tudo alí naquele breve momento.
"Vc era o garçon..." ele tentou perguntar.
"Você é o rapazinho que deixou o numero de telefone para eu te ligar..."
ahhhhaaaaá, matei a charada, tava no papo... havia descoberto algo que me tornava naquele instante numa posição mais confortável.
"Sim, puxei assunto a respeito de um anel que eu havia perdido, logo em seguida dei meu numero de telefone para sua gerente." disse olhando nos dedos,"vc achou meu anel?" completou.
"Não, ele deve ter rolado para a rua, achei que fosse pegadinha da gerente, me dar um numero de telefone confirmando que era para eu ligar que o negocio era firme, desconfiei. mas guardei o guardanapo." disse, enquanto me lembrava que eu odiava receber telefones em guardanapaos e quase nada de gorjeta? oque que é? ninguem mais saber cantar ninguem nessa porra não? se eu estava de garçon naquele lugar não era atoa não, ninguem vai lá para fazer amigos, queria gorjetas.
//21:45h, sms recebido//
//21:49h,sms recebido//
//21:51h,sms recebido//
"responda, deve ser importante."
ele me fora gentil... enquanto minha mente sabia exatamente oque era...
"Não gostei de vc ter saído do apartamento sem mais nem menos."
meu dellls, sáaaai de mim exú.... pensei, olhando para o rapazinho que agora ajeitava o cabelo no retrovisor.
"Olha, não ligo de vc ter sua e talz, mas quando estiver comigo, esteja comigo." falou como quem chuta a barriga de um cahorro magro e preguiçoso.
"é exatamente oque eu penso." Disse isso com resiliência, afinal, eu de fato, acredito nisso, maldito celular...
//mode silent//
climinha tensô no ar... disse para ele que pedí para meu amigo me ligar para saber se estava tudo ok, para passar uma imagem de bom moço...e colou, até o meu celular tocar de novo... maldito.
O ronco do celular mais parecia uma alegoria rítmica do grizzu. o painel deveria ser de policarbonato expandido, desses que faz barulinho denunciando a textura e acoando no vazio da mente.
"alô."
"aonde você está?"
"vim aqui na praça do papa com um amigo."
"são 23h, nem vai rolar de ir lá pra casa."
"Não relaxa, tá tudo tranquilinho aqui..." achando que iria colar minha desculpa anterior, mas tentando manter um diálogo conexo com ele...
"amanha fica complicado, mas quinta rola."
"tah bom thau."
Meeeeerda, epla cara dele, eu adivinhei, o volume estava no talo, ele ouvira utdo até aquele terrivel momento.
"amanhã não dá, mas quinta rola, TAH BOM!!!", remedou com uma vozinha de poucos amigos.
"silêncio."
"olha, eu sei que a gente não tem nada, mas eu nem curto esses lances." disse pra mim com ternunra nos olhos.
Eu gostaria de abraça-lo e dizer como me sentia, mas de nada iria adiantar. afinal, não sei com exatidão como me sinto, sei apenas oque não sinto, e naquelel moento não sentia nada de bom...
"vamos embora?, tá tarde."
"tá mesmo."
Descemos ainda com aquele clima nebulosos sobre nós, era como se os postes denunciasse minha condição de bandido, no backbus na nossa frente, "os infiéis", uma peça dessas ingratas com nome infâme.
"você rí né?" me disse segurando minha mão.
"sim, gostei do nome, e repare em como as cores são opostas complementares e mesmo asssim elas se mantém legivéis e compreensivéis. fantastico." resumindo, sou infiél aos meus ideais, meu caro.
Nos despedimos, com a certeza que ele iria me ligar.
me ligou hoje.
"no que você tá pensando" ele me perguntou.
"em como eu tenho agido como um idiota." respondí assim no reflexo.
questionando me mais e mais, fiquei mudo, ele insistiu mais alguns minutos e eu desliguei.
a verdade é que talvez eu não esteja preparado para falar.
O relações públicas aqui é ele, eu prefiro ficar só com as imagens, modelar e ficar quieto. não ligo parar que me pintem, ou que eu me torne acessivel a uma multidão, só não me peça para dizer qoeue u sinto, posso desanimar ou desapontar grande parte da população com meus discursos, então para me tornar sociavel, as vezes posso perder a prolixidade do meu discurso, detesto ter de conviver com isso, mas pensar antes de falar é não dizer oque eu penso.
bem acho que é isso.
tomara que ele me ligue, ele beija tão bem.
me faz pequeno.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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