segunda-feira, 21 de setembro de 2009

'वक é अ वेर्गोंहा दे क्र्सना'

"vc é a vergonha de Krsna"

essas palavras grudaram em minha mente, ora pertubada ora pertubando.
Perabulando pela cidade cinematográfica ( no pior dos sentidos semânticos) andei, andei e andei.

Andei tanto que os mesu pés doíam, mas naquele estágio de plenitude causada pelo meu novo affair, neutralizava cada fisgada que eu sentia enquanto caminhava com meu sapato novo.

"ele faz barulinho de bota, veja..., clok, clok, clok,... não é demais?"

SIM, é o máximo - ele retrucou do outro lado da linha, mas enquanto eu caminhava, agora já no hall de entrada do prédio, sim eu já havia chegado em casa, pensei que talvez ele pudesse me achar demasiadamente infantil, e decidi bancar o durão no telefone.

"beleza, se liga só, tô chegando em casa, vou tomar um banho, me liga depopis, jah eh?", disse desligando em seguida... rindo de quanto me achava bobo rindo e fazendo careta e arrumando o cabelo e entrecruzando as pernas e posandpo para algum fotografo imaginário quando lembrei que meu predio tem cemras exclusivissimas que insistem em me filmar no hall, sorrí e entrei no elevador.

ainda sobre: Eles vão rir de você, Carrie.

Meu professor laricófago pediu para que fizessemos um exercício de abstração.
imagina, quer uma pessoa mais abstrata que eu?
abstraí tanto que érdí o conceito proposto por ele.
acabei fazendo uma colagem " daquelas" quando para minha extrema surpresa, ele nos pediu para que apresentássemos nossas obras...

"ay merda, como vou defender minha colagem?", silêncio, pensa pensa pensa... ay dor de barriga... enfim, não havia nada para se defender, meu trabalho estava alí, exposto parar que todos pudessem contemplar e divagar sobre... perspectivas, linhas e um degrdae maravilhoso rosáceo... era issu, não haveria o porque de divagar sobre... ouvi atentamente a música e colei, pronto...

Mentira... Mas não queria entregar de cara o ouro... Quando recebi as instruções le foi claro, "exercíco de abstração não pode ter simbolos iconográficos" disse apontando com os lábios e parte da cara parar minha prancheta... encarei aquilo como uma afronta. e logo terminei de recortar as pernas nuas de uma jovem no alto de seus 17 anos, toda depiladinha e com alguns pontinhos de agua e areia do mar, exatamente como as minhas, há.

fato é que enquanto falava sobre a tal colagem, eu consegui ver nitidamente um monte fuji ( correlação obvia para o infeliz que mora lá do outro lado do globo terrestre) com, um corredor imenso que sumia graças um estudo de perspectiva fenomenal e a demonstração da agnose sofrida por nós dada a alta exposição de mídia consumista em nosso dia.

era claro para mim, tinha relação com meu pai, que está longe, outra dimensão ou plano terreno, varia da sua formação ecumênica, a passarela, onde ando e não olho para o lado, deixando de aproveitar ou apenas contemplas mais de um ponto de vista, a perspectiva te rouba isso, ela direciona seu olho parar um ponto infinito aonde só vc sabe aonde termina ou em que termina, deixando a cargo dos outros elementos iconograficos o papel secundarista primordial de ilustrar tal discurso.

Era meu pai..., mas não acabey, atras, contra a luz, era possivel ver nitidamente as maravilhosas pernas da jovem, quando mostrei issu no monitor da sala, ficaram passados. até o Instrutor ficou beje chiclete...

nem almocei aquele dia.


De noite tava eu no flat do mastubador compulsivo da savassi, quando ele num súpito de análise forense me libera a pilula:
"nossa vc sumiu, ficou tanto tempo sem me ligar, será que vc faz isso com todos?, dá um pouco para depois sumir e nunca mais aparecer."

não sei, cláro que ele está errado, mas de certa forma issu me fez lembrar do meu pai.

a internet acabou por me afastar ainda mais dele.

sei que de alguma maneira ele fica sabendo de tudo oque eu faço.

afinal, no fundo, faço mesmo para que ele saiba... assim, ele vê aquilo que eu mostro, como todos os outros, mas nunca saberá como me sinto, exatamente como todos os outros, é verdade, não me refiro a mim como sendo o mesmo individuo que posta, pois ao pensar em que postar já não sou mais eu, e sim o individuo que posta.



Natal de 2000, telefone:

"oi filhão, oque vc quer de natal do pappy?" - como de praxe, ligações em datas comemorativas presenteáveis.

"nada, gostaria de um pai presente, como nãoo tenho de que adianta ter um pôney?"

"se for assim, não te ligo mais."

"faça oque vc quiser, sua cabeça é o teu guia." sempre fui uma criança terrrrível, e estou aprendendo a me controlar só agora com anormalização da minha taxa hormonal.

depois disso ele nunca mais me ligou.

que nem hoje, eu esperando o Queridissimo Paulista me ligar.

Ele me fez acreditar que estaria aqui em solo Mineiro por volta de meio dia, mas até agora, 20:53pm, nada...
alguns dizem para eu acostumar, aceitar que nem sempre o melhor ganha, mas no fundico prefiro acreditar que o avião caiu, que ele ainda está preso nas ferrangens, agonizando e pensando em mim.

porque eu ainda estou pensando nele.

até agora.

não mais.

assim como em meu pai.

mentí.

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