22h de uma noite que tinha tudo para ser comum.
No cruzamento entre duas vias de acesso dum bairro próximo ao centro resolví esperar pelo meu amigo que em minutos deveria estar por alí.
existia algum movimento naquele momento, mas nada que desviasse minha atenção, meus ouvidos estavam atentos a qualquer movimentação seja de pedestres ou de algum carro modelo esportivo rebaixado com aro 20" nas redondezas...
com 10minutos de espera, resolvi dar um toque no telefone dele, que na verdade eu não sabia ao certo, pus me a tagarelar algo ao telefone que eu nem sabia que existia e que me retornava com um tom monissilábico.
Dado momento, notei que alguns carros passavam e diminuiam a velocidade ao me avistar entre um poste e a cabine de telefone, emoldurado naquela cena, respondí a altura com um brilho estonteante dos meus cabelos que agora hidratados com creme importado roubado numa lojas de departamento exalavam um enebriante perfume somado a tonalidade bronze da minha pele resultado das horas de exposição controlada ao sol daquele verão.
Sorrindo, notei que alguns passavam em maior ou menor velocidade, mas todos reduziam a velocidade para contemplar com maior acuidez aquele jovial e reluzente espécime de jovem ferormonizado.
De todos que passavam notou se que poucos ou quase nenhum haviam tomado a inicativa de uma aproximação maior, ele, o jovem, ou melhor, A beleza natural, ganhadora de vários concursos de beleza e capa da Beleza Brasil, respondia a todos de forma cortez mas dar muita trela, afinal "estava apenas esperando por um amigo, que em breve passaria por alí."
Eis que surje por entre as árvores da rua de cima um carro esportivo, exatamente como aquele que a beleza esperava, como dois rasgos de luz emoldurava as sombras a tal ponto que ele charmosamente contraiu as sombracelhas elevando seu lábio superior criando assim sua melhor face sedutora.
Ao se aproximar o motorista perguntou:
"Quanto é."
assim, seco, direto e ávido por resposta.
Numa fração de segundo a surpresa fora substitída com perspicácia para uma frieza sensual.
" Se vc for bonzinho e gentil, é de graça."
Ambos liberaram uma gargalhada gostosa e audível nas proximidades, que estando vazias criaram um ambiente perfeito para a Beleza expor se de forma menos ortodoxa.
"entre aê, vamos dar uma volta."
Pensativo a beleza recuou, voltou para o meio fio onde aguardava antes de ceder aos encantos do jovem de cabelos loiros mascavos que pilotava tal máquina.
"não posso, não o conheço, não seria prudente e tão pouco de minha pessoa caso o fisesse."
ao completar a frase fora possivel ver em seus olhos um brilho sublime, que para os céticos seria encarado somo cinismo.
Ao dispensar o motorista bonitão, pode ver que em sua retarguarda existia alguns carros, para ser exato 4 veículos, parados esperando para ver ou introduzir se ao jovem que estava alí parado aguardando um amigo.
Já na 10cima aproximação o jovem entediado com aquele converseiro todo, cedeu para o primeiro que passou, dada a quantia rasoavél que ofereciam em troca de pouca coisa, nada que ele não o faria sem ônus para o amigo que aguardara.
"não beijo, não dou o cu, não topo violência, só de camisinha e não caso."
Disse o jovem ao entrar no carro olhando gentilmente para o motorista, que aparentava ter entrado na casa dos 50 anos ao concordar com os termos a beleza já se acomodara e afivelava o cinto quando rumaram para o Hotel.
*****
"Aonde eu o deixo" perguntou o senhor prestativo.
"Na rua acima aonde me apanhou" respondeu de prontidão a beleza, o relógio indicava o primeiro quarto de hora daquele que seria seu dia com o amigo que aguardara até então.
Alguns momentos se passaram até que ela saisse do carro, sem ao menos dizer uma única sílaba.
"até."
despediu se o brilhante espécime sexualmente ativo que retornando a seu posto inicial, modelava entre o poste e a cabine de telefone daquele cruzamento de vias.
Nada.
tentou telefonar novamente e nada.
nada acontecia.
Longe algumas quadras de casa, permitiu se ficar alí por mais meia hora, não mais nem menos que isto, era este o prazo estípulado para ele.
mas eis que dentro de um clarão formado novamente por luzes que rasgavam as sombras daquela rua um modelo utilitário destes que a beleza adora, por acomodar bem seus 70cm de pernas roliças de forma confortavel e permite para o terror dos ioguês o uso marrom dos ensinamentos védicos no banco de trás.
"tá de bobaira aê" indagou sorridente o motorista.
ja dentro do clima daquela situação A beleza natural sorrindo responde:
"Ñinguem está aqui atoa, mas tô afim afim de fazer bobeira." disse repousando a mão sobre o bolso emoldurando seu sexo que ainda latejando drapeava o fino jeans que havia comprado dias antes numa liquidação.
" entra aqui, vamos dsar uma volta."
aquele havia se tornado um vocativo perfeito para ela naquela noite, como um código que já lhe permitira saber oque acontecria momentos após adentrar tal veículo.
Com efeito, nada escapara ao protocolo daquela noite.
Com tudo sobre controle, resolvera então que era hora de voltar a sua casa.
pediu para o motorista o deixasse na proximidade de casa, não atendido, contentou se em descer na praça que circundava o ambiente, uma caminhada seria de bom grado naquele calor que fazia, refrescando lhe o corpo e expelindo aquele cheiro de outros de seu corpo no ambiente aonde pasasse.
chegou em casa e dormiu.
Acioso para tomar sol na manhã seguinte na piscina do hotel.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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