sexta-feira, 22 de outubro de 2010

...inclusive é cara dela fumar crack, pra ficar magra, dizia marcelo enquanto o outro confirmava com rs´s constantes e huahuahuahuah na tela do conversador instantaneo.

Fora neste instante em que abrira os olhos pela primeira vez, era capaz de se conectar ao outro através de um meios que não dependia da energia elétrica ou de um servidor mediando o contato, estava lém disto.

por vezes errava em suas previsões e emulações de contato enquanto que em outras não, assustava até os que a cercavam, ávidos em acompanhar seus novos relatos ou para simplesmente ouvir sua opinião sobre determinado assunto, sim ela possuía o vício de jamais deixar nenhuma pergunta sequer ser respondida com um seco e simples: "Nao sei".

Desenrolava um conto atrás do outro afim de saciar aqueles que a ouviam mesclando referências e sobrepondo camadas de modo a inebriar a todos a tal ponto de participarem do processo criativo da fábula.
è, talvez seu adjetivo seja fabuloso.


Mas não hoje, bebendo seu café amargo rolando na cama improvisada no seu dormitório, vestindo sua camiseta suja desbotada pelo calor e suor em excesso, a vida eh muito longa para os que não esperam por nada, ela sabia disso, mas não teria paciência em encarar aquilo que para todos seria inevitável.
Ela precisava agir, e teria de faze-lo rapidamente, antesque o niilismo tomasse conta de sí a ponto de não mais acreditar em suas teorias e fundamentos trabalhados todos estes anos.

O Novo a assuatava não pela perda do controle direcional da informação, este que agora passando a ser de responsabilidade de quem o ve, torna se refém de suas próprias vontades, mas que pode acabar não mudando em nada. é como se tudo oque escrevessemos ou dissessemos, caisse em um vazio tão extremo, abissal herméticamente fechado que torna inversamente proporcional a relação entre todo o lixo que é produzido com todo o lixo que é consumido.


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